Recuperação e preparação Aprilia RS 125 Challenge

Inicio este tópico com o intuito de documentar a recuperação efectuada a uma Aprilia RS 125 ex-Challenge que disputou este famoso troféu nas épocas de 2000 e 2001, tendo depois sido convertida para a classe de 125GP na qual correu em algumas provas de 2002 acabando encostada desde essa altura até agora.

Será de recordar a todos que este foi o melhor e único verdadeiro troféu que existiu no nosso campeonato de Velocidade, afirmo isto porque foi o único em que as motos corriam até com mais limitações do que muitas rodavam em estrada, sendo TODAS verificadas escrupulosamente a cada prova.

Deste troféu saíram alguns dos maiores pilotos da actualidade de velocidade, pena que não tenha tido continuação!

Para alguns recordarem e outros terem a noção do que era e como era, bem e também para tentar que alguns pensem duas vezes antes de voltarem a abrir a boca, aqui ficam os vídeos com o resumo das duas épocas de troféu:

Aprilia RS 125 Challenge época 2000 primeira parte:

Aprilia RS 125 Challenge época 2000 segunda parte:

Aprilia RS 125 Challenge época 2001:

Sabemos qual a mentalidade vigente no nosso pais relativamente a isso, mas muito gosto de brincar com aqueles que dizem “uma 125!! Isso não é moto para correr” ou “isso não se mexe”, “uma desportiva tem de ter no mínimo 600cc” e depois sabem o que acontece?

Pega-se numa folha de tempos de cronometragem feita como deve ser e as 600cc levam nas orelhas em Braga e de motos que não têm 25% dos custos de preparação de uma 600cc e com uma manutenção durante a época muito mais baixa, sim porque uma 600cc nas mãos da maioria dos pilotos que militam no nosso campeonato ou está muito bem preparada ou então não faz nada e isso não é barato! Aqui devo reconhecer o valor e dar os parabéns ao Hélder Bessa que com a sua Triumph 675 de 2008 e sem qualquer preparação de motor, pois a moto só tinha silenciador (atenção é mesmo assim nem escape completo), filtro de ar lavável e software próprio para o silenciador e conseguiu ser o segundo no campeonato a 1 ponto do primeiro que tinha uma moto com muitos mas muitos €€€€€ de preparação.

O projecto para esta moto é fazer uma recuperação completa mas com o retorno aos parâmetros permitidos pelos regulamentos do CNV para a classe de 125 Produção, estando previsto a sua estreia na prova de Ibérica de Resistência de Braga a ser disputada no Kartódromo Internacional de Braga, uma prova simples com todos os treinos e prova a serem disputados no mesmo dia e a duração da prova de 3 horas, nas mãos de 2 pilotos estreantes que formaram uma nova equipa.

Na próxima época deverá então integrar as fileiras do CNV na classe de 125 Produção esta verdadeira máquina fará parte do projecto da DUE – Racing Team, uma equipa de dois apaixonados pela tecnologia mecânica de topo, obviamente como todos sabem, pelas motos e neste caso também pelos automóveis Italianos, sendo que um dos responsáveis do projecto só é um dos responsáveis pelo melhor preparador de Alfa Romeo e outros automóveis de topo Italianos.

Podem seguir a evolução da equipa em:

DUE - Motociclismo

Mas acho que chega de conversa e vamos ao que interessa!

Na imagem abaixo podem ver como era a moto numa das últimas provas que disputou antes de ser “abandonada”.



Neste conjunto de fotos é perfeitamente visível o estado da mesma da mesma quando me foi entregue:

Após a primeira limpeza:

As peças da carroçaria estavam assim:

Agora fotos das peças metálicas recuperadas, infelizmente devido a um problema perdi as fotos destas peças acabadas de desmontar, mas pelas fotos da moto em cima podem ter uma ideia.

O resultado final da recuperação das peças utilizando exactamente o mesmo método de tratamento e pintura que eram utilizados na fábrica, como podem ver o aspecto com que ficam é este:

O quadro após terem sido “tratadas” algumas mazelas foi todo polido a espelho de novo, eis o resultado:

O braço oscilante após terem sido “tratadas” algumas mazelas foi todo polido a espelho de novo, eis o resultado:

Início da montagem começando pelo sistema de suspensão posterior:

Montagem suporte carenagem:

Montagem sub-quadro posterior:

A suspensão anterior montada, a jante está só colocada para se verificar alinhamentos e desenvolver os novos guias que mantenham a jante na posição correcta e com um peso reduzido ao contrário dos que a moto tinha montados.

Também nesta altura havia a dúvida em relação á utilização desta jante devido ás medidas da mesma.

A base da cicilística montada:





Como se pode ver pela foto quer a menina (moto) quer os seus segredos estão bem guardados!

O novo “design” e posicionamento dos manómetros.

A ideia foi tornar mais visível e com uma muito superior lógica da utilização desportiva dos manómetros, pois assim o conta-rotações está completamente á vista e sendo lido muito mais facilmente sem o piloto ser obrigado a desviar o olhar da pista.

A colocação que se vê na foto inferior não é a final, pois serviu só para verificar a compatibilidade com o apoio original, estando mesmo completamente desapertado o bloco.

Uma foto que demonstra na perfeição as potencialidades deste modelo, apesar de ficar a dever também neste aspecto muito ás anteriores a 1996, pois só pesa mais 15Kg, mesmo assim ainda é 10Kg mais leve que a ultima versão da Aprilia RS 125 + de 2007.

De qualquer forma com toda a estrutura da cicilística montada e jantes colocada é possível pegar em tudo sem grande esforço!

Fotos de algum do material novo utilizado, neste caso houve que racionalizar, pois as coisas não estão fáceis para ninguém e então tentou-se a melhor relação possível preço/qualidade/prestações.

Agradecemos á Puretech Moto a colaboração com o fornecimento dos pneus.

A montagem de mais alguns elementos da cicilística que compõem esta Aprilia RS 125 Challenge (conhecida como Sport-Pro em Itália).

O sistema de escape montado:

O cilindro depois de limpo e verificado.

Uma das peças fundamentais do motor e que eu ainda estou para compreender porque alguém resolveria cometer o “crime” de o rectificar em baixo tornando-o mais curto, lá está mais uma dor de cabeça mas que se conseguiu resolver da melhor forma.

O grupo de lamelas montado.

A culassa montada.

O motor fechado.

Mais algumas peças de cicilística montadas e tudo preparado para a montagem do motor.

O motor já colocado no quadro:

Embraiagem montada e o sistema devidamente afinado.

Sistema de escape instalado.

Sistema acelerador montado e afinado:

Sistema de arranque a frio montado e afinado:

Carburador e caixa-de-ar montados:

Filtro de ar montado e caixa-de-ar fechada:

Novo suporte sistema electrónico: